Acidente Vascular Cerebral
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| Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências.
O acidente vascular hemorrágico é resultado de uma hemorragia (sangramento) dentro do crânio, cérebro ou em volta dele. Ocorre em 16% dos casos, embora menos comum, apresenta maior mortalidade. Os fatores de risco são a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabetes, tabagismo, hiperlipidemia (colesterol alto). Outros fatores que podem participar desta doença são: uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo. As pessoas idosas são as vítimas mais comuns desta doença, embora possa ocorrer em todas as idades. Representam até 70% das doenças neurológicas em idosos e são mais comuns em pacientes com hipertensão e diabetes mal controlada. Estima-se que no Brasil ocorram 340 mil casos por ano. Estudos mostram que este número tende a dobrar até 2050. Das vítimas de derrame, 20% precisam de ajuda para caminhar e 70% têm alterações na capacidade de falar. Afeta mais homens do que mulheres, principalmente da raça negra. Os idosos e pessoas que deles cuidam devem estar atentos para sintomas como início agudo de fraqueza em um dos membros (braço, perna) ou na face. Isto pode significar a isquemia de todo um hemisfério cerebral ou apenas de uma pequena área. Alterações visuais como a perda da visão em um dos olhos, a qual alarma os pacientes, geralmente os leva a procurar avaliação médica. Mas devem estar atentos também à visão borrada ou à cegueira transitória, procurando sempre ajuda de um profissional médico, para avaliação cuidadosa. Outros sintomas importantes: dormência, diminuição da força muscular, perda de sensibilidade que muitas vezes confunde o paciente, perda da consciência, dor de cabeça intensa e súbita, perda da coordenção motora e do equilíbrio e alterações de linguagem e da fala. Os familiares e amigos muitas vezes descrevem ao médico estes sintomas como um ataque de confusão ou estresse. Para fazer o diagnóstico desta doença, os médicos fazem uma história clínica e um exame físico, os quais dão subsídios para a possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente. A avaliação laboratorial inclui análises sangüíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância nuclear magnética). Outros exames como ultrassonografia de artérias carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos. O tratamento é baseado na diferenciação do tipo de AVC. É importante estabelecer se o quadro é de um AVC isquêmico ou hemorrágico. O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue), endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida, em alguns casos selecionados. Outra opção de tratamento é a colocação de uma mola dilatada dentro da artéria (stent). A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são fundamentais para a prevenção; bem como o controle da hipertensão, da diabetes, da obesidade, a suspensão do tabagismo e o uso de bebidas alcóolicas com moderação (os chamados fatores de risco modificáveis); o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais e a prática regular de uma atividade física também o protegem. Consulte seu médico antes de iniciar uma atividade física. Exercícios físicos como uma caminhada de 30 a 60 minutos 3 a 4 vezes por semana reduzem a chance de sofrer um derrame cerebral. O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em ambiente hospitalar. Procure assitência médica hospitalar rapidamente, pois derrames isquêmicos com menos de três horas de evolução tem tratamento que pode prevenir muitas seqüelas. O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente. As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana. As doenças vasculares cerebrais representam a segunda causa de demência, com alterações de memória, raciocínio e atenção. Alterações comportamentais, da fala, depressão e limitação física para atividades da vida diária também são seqüelas e resultam em dependência do paciente. A prevenção é a maior aliada que temos em mãos, utilize-a sem restrições! | |
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